EXPOSIÇÕES SELECIONADAS PARA COMENTAR:
NÚCLEO URBANÓIDE, NA URBAN ARTS POA
https://vimeo.com/78175279
A Urban Arts Porto Alegre está instalada na Rua Quintino Bocaiúva, 715 – Moinhos de Vento, e funciona de segunda à sexta das 10h às 19h. Sábados, das 10h às 18h. Dentro da galeria estão expostas as peças para comercialização, o espaço é claro com amplas aberturas capturando a iluminação natural e paredes brancas que facilitam sua difusão pelo interior da Galeria. Bem iluminado também por iluminação artificial, de lâmpadas em spots no teto, direcionadas ao acervo. As obras do coletivo em questão estão numa posição de destaque. todo ambiente é bastante claro e convidativo à interação e à apropriação. Uma proposta diferente que une os aspectos expositivos e de comercialização numa única proposta.
"SOBRE A URBAN ARTS
NOSSA HISTÓRIA
A história da Urban Arts é daquelas curtas e fáceis de entender. Era uma vez uma ideia bacana que tinha cheiro de coisa boa. André Diniz (o dono da ideia) resolveu investir e começar a Urban Arts em 2006, ainda de forma experimental, descobrindo artistas e entendendo seu público. Em 2009 iniciou o trabalho pela Internet, com sucesso imediato.
A ideia que parecia ser legal conquistou rapidamente um monte de gente e logo a UA se tornou uma referência no mundo da arte digital e ilustração. Em 2011 abriu a primeira loja física, na Oscar Freire e de lá pra cá não parou mais de surgir gente apaixonada pelo conceito. Hoje já são 12 lojas físicas, além do site, que não para de crescer e mais de 3000 artistas expondo seus trabalhos.
O QUE É A URBAN ARTS
A Urban Arts é uma galeria de arte diferente das outras. Primeiro porque trabalhamos essencialmente com trabalhos digitais de artistas, designers e ilustradores de todo o mundo. Damos oportunidade para novos talentos, divulgamos e incentivamos a evolução dos seus trabalhos a partir do momento que comprovamos que elas são desejadas pelo nosso público.
A Urban Arts está conectada com o movimento universal. O universo digital, o ritmo das ruas, a mobilidade, a liberdade de expressão. Por isso tudo somos tão contagiantes e podemos ocupar o espaço de galeria de arte mais pop do Brasil. Pop porque estamos próximos e somos possíveis. Pop porque somos contemporâneos. Pop porque UA funciona em rede e na Internet.
NOSSA MISSÃO
Tornar a arte acessível. Descobrir e estimular o desenvolvimento de novos artistas. Tornar o mundo mais colorido, mais expressivo, mais sensível, através da arte que todos podem ter." citação de https://urbanarts.com.br/sobre-a-urban-arts/, acesso em 01/11/2013.
NUNO RAMOS, NO
ATELIÊ DE GRAVURA DO IBERÊ: "GRAVURA: FREQUENTAÇÃO E AUTORIA"
No mês de julho a Rede de Educadores de Museus foi recepcionada pelo Educativo da Fundação Iberê Camargo realizando seu encontro no Ateliê de Gravura da Fundação, onde o Gravador Marcelo Lunardi fez uma instrução de gravação para os membros da Rede presentes.
Oficina da REMRS no Ateliê,
instrução com Marcelo Lunardi:
Foi uma experiência muito interessante participar do processo de autoria para quem trabalha sempre em outras posições do sistema da arte, da museologia, geralmente narrando trabalhos de outra pessoa.
Uns dias depois o artista Nuno Ramos foi o artista convidado do mesmo Ateliê e fomos assistir a palestra com ele e a apresentação das obras produzidas durante sua permanência na instituição. Seguem imagens do evento:
LINKS SOBRE O EVENTO:
Canal contemporâneohttp://www.canalcontemporaneo.art.br/blog/archives/005621.html
Ateliê http://www.iberecamargo.org.br/site/projetos/projetos-atelie-gravura.aspx
Entrevista com ele sobre o trabalho no Ateliê:http://www.iberecamargo.org.br/blog/post/2013/08/05/ENTREVISTA-Nuno-Ramos-fala-sobre-sua-experiencia-no-Atelie-de-Gravura.aspx
Nuno Ramos http://www.iberecamargo.org.br/site/programacao/programacao-detalhe.aspx?id=252 e http://www.nunoramos.com.br/
Foi muito interessante o diálogo que se tornou possível entre frequentar um determinado espaço num dia para produção criativa, de autoria e noutro dia como espaço expositivo. O espaço possui esse atrativo em si, de ser um Ateliê de trabalho e a recente a experiência de autoria neste mesmo local intensificou esse caráter. Como espaço expositivo o ambiente é problemático pois as mesas e equipamentos de trabalho dificultam a circulação e o acesso às obras do artista, que estavam afixadas na parede. Porém o artista em si estava ali apresentando suas obras, referindo às mesmas sensações e insigths que havíamos experimentado, tornando a experiência muito rica e gratificante.
Abaixo imagens do pavimento onde fica o Ateliê e à direita imagem do corte transversal do Museu da FIC.
Imagens da autora do blog trabalhando na chapa da gravura coletiva da REM RS
DANIEL SENISE, NO MARGS
Foi uma das primeiras exposições frequentadas após iniciar os estudos na área de Biblioteconomia, Museologia e foi muito impactante. A obra de arte do artista Daniel Senise, em exposição no MARGS, por volta de outubro de 2006, estava instalada na área central do 1º piso do Museu, com iluminação indireta e separada do público apenas pelo desenho de uma linha demarcativa no chão que sinalizava o limite máximo de aproximação, portanto era possível visualizar claramente os detalhes do processo criativo do artista e fazer essa oposição do tipo afastar-aproximar da obra para vê-la. Foi a primeira experiência onde me recordo de abandonar a simples posição de frequentador para pensar de forma acadêmica os detalhes sobre a contraposição entre a obra e os detalhes arquitetônicos do espaço expositivo, sobre o tema da exposição, pensando em todos esses itens do ponto de vista do fazer museológico. Não foi possível localizar informações seguras sobre a exposição em questão, sobre a obra exposta na ocasião; o MARGS possui um setor de pesquisa que precisa ser agendada previamente por mail ou telefone e o tempo não foi suficiente para localizar estas informações. Abaixo imagem ilustrativa de uma das obras do artista que se parece com a obra mencionada. No
Link maiores informações sobre o autor e sua obra.
ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO NO SANTANDER CULTURAL
Em 2012 houve a Exposição do artista em Porto Alegre, no pavimento superior do Santander Cultural. Pelas características da obra e da vida do artista articulamos a visita de um grupo do Núcleo de Saúde Mental à exposição. Foi muito rica a experiência, principalmente no sentido de pensar acessibilidade em todas as suas implicâncias. Abaixo imagem do grupo junto ao poncho que ficava suspenso em cima de um espelho circular para que os frequentadores pudessem visualizar os ricos detalhes da parte inferior da peça. Em abril de 2013, na reunião do grupo que discutiu acessibilidade para o Plano Nacional de Educação Museal,
PNEM, com a presença da mediadora Simone Dornelles e da servidora do Museu José Felizardo Márcia Bamberg dos Santos essa exposição foi intensamente discutida.
ABAIXO A FOTO DO ESPELHO NO CHÃO: DIFICULDADES COM ACESSIBILIDADE.
Sobre Bispo do Rosário:
"Para reconstruir o mundo, o sergipano considerado louco produziu uma das mais intrigantes obras artísticas do País. Mas não se dava o crédito: “São as vozes que me mandam fazer desta maneira”. Ele viveu num manicômio durante 50 anos e, dentro de um quartinho apertado, produziu um dos mais fantásticos conjuntos de obras do País. Tudo alheio ao que acontecia além dos limites do hospício. De forma absolutamente intuitiva, sem frequentar escolas de arte ou ler livros, Arthur Bispo do Rosário deixou acadêmicos abobados com sua expressividade e originalidade. (...) A fama de Bispo do Rosário se alastrou pela cidade e, depois, pelo País. Houve uma comparação imediata com Marcel Duchamp, o francês que criou o conceito de que objetos do cotidiano poderiam ser levados para o campo das artes. Recebia visitas de estudiosos, artistas, curiosos. Aos que queriam conhecer seu ateliê improvisado, fazia uma intrigante pergunta: “Qual é a cor do meu semblante?”. Se não gostasse da resposta, encerrava a visita. Para quem o chamava de artista, rebatia: “Não sou artista. Sou orientado pelas vozes para fazer desta maneira”. Tornou-se uma lenda, estudado por várias correntes do conhecimento. “É possível analisá-lo pela Psicanálise, pela Sociologia, pela História da Arte, pela Semiótica e pela Antropologia”, avalia Jorge Anthonio e Silva, autor de
Arthur Bispo do Rosário – Arte e loucura (Quaisquer, 2003). Entre as obras de maior impacto, está o Manto da Apresentação, uma veste com um emaranhado de pequenos símbolos e figuras, como tabuleiros de xadrez, mesas de pingue-pongue, ringues de boxe, crucifixos. Destaca-se também uma espécie de Arca de Noé, construída com papelão e pano, destinada a salvar o mundo. Além de uma nave que o levaria para o céu. Suas obras foram expostas em galerias de arte da cidade. Mas Bispo não era muito favorável a que elas saíssem do ateliê. As tratava como filhas, perguntava até se estavam bem.""
“Os doentes mentais são como beija-flores: nunca pousam, ficam sempre a dois metros do chão”
ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO
" Arthur Bispo do Rosário: A Poesia do Fio. No Santander Cultural. Até 29 de abril de 2012, na galeria superior leste, está em sintonia com a filosofia do Santander pelo fomento da cultura com visão contemporânea, voltada aos movimentos globais ao mesmo tempo em que valoriza a brasilidade. São 239 obras que mostram o universo deste artista singular que, na complexidade do delírio, foi capaz de romper paradigmas e transgredir conceitos para elaborar uma grande obra. A expografia faz alusão às cenas fortes que contemplam alguns aspectos do universo da obra e do pensamento do artista. Bispo do Rosário passou a maior parte de sua vida internado em uma clínica para doentes psiquiátricos e lá produziu toda sua obra, que hoje é um importante patrimônio cultural brasileiro. Por meio de sua criação, acessamos um imaginário que serve de ponto de partida para um amplo processo de reflexão da arte contemporânea e da cultura popular."
NARRATIVAS POÉTICAS NO SANTANDER CULTURAL
Esta exposição foi um momento especial para refletir sobre o caráter discursivo dos elementos envolvidos em uma exposição, como o nível de visibilidade que confere à exposição a participação de alguém muito conhecido, como um intelectual ou artista consagrado nas funções de curadoria. Para pensar que cada exposição tem um nível de visibilidade e importância que transparece justamente nos detalhes. Assim, o mesmo expaço expositivo, a mesma instituição, o mesmo corpo técnico atua diferentemente conforme a exposição. Esta exposição foi uma espécie de mostra da "prata da casa", onde o Santander exibiu a sua coleção. Pesquisando sobre a exposição na recém criada
Biblioteca da instituição em Porto Alegre, isso fica bem evidente. Rembrando as leituras de Foucault, tudo é discurso. Mas quando se tem uma exposição institucional, num espaço como o Santander Cultural, a coerência discursiva institucional e o capricho nos mínimos detalhes tornaram a visitação envolvente e ainda mais atrativa. Uma poesia visual e uma festa para os sentidos.
Mostra Narrativas Poéticas
Coleção Santander Brasil abre em Porto Alegre e faz itinerância por Brasília e Belo Horizonte durante o segundo semestre de 2013. Entre as 80 obras destacam-se pinturas, gravuras e desenhos de expoentes do Modernismo brasileiro. Candido Portinari, Emiliano Di Cavalcanti, AlfredoVolpi, Iberê Camargo, Tomie Ohtake e também trabalhos recentes, de artistas como Tuca Reinés, Fernanda Rappa e Renata de Bonis, estão na exposição. Fomentar a cultura com visão contemporânea, valorizar a brasilidade, promover a produção de conhecimento e a disseminação de experiências artísticas, estimular a criatividade e a reflexão estão entre os objetivos do projeto."
O SOLAR QUE VIROU MUSEU, MEMÓRIAS E HISTÓRIAS, NO MUSEU JOAQUIM FELIZARDO
A visita escolhida foi à Exposição
“Transformações Urbanas: Porto Alegre de Montaury a Loureiro”, que aborda a história dos primeiros planos de desenvolvimento
urbano e as principais obras realizadas em Porto Alegre entre os anos de 1897 e 1943. No Museu Joaquim Felizardo, única chácara remanescente do bairro Cidade Baixa, os visitantes descobrem ainda objetos históricos ao ar livre, áreas para contemplação e, logo na entrada do terreno, uma magnólia centenária.
"O Museu Joaquim José Felizardo, Museu Histórico da cidade de Porto Alegre, tem como sede o Solar Lopo Gonçalves, construído entre 1845 e 1855, na antiga rua da Margem (atual João Alfredo), com arquitetura de influência luso-brasileira, para ser “residência da chácara”, lugar de descanso da família do comerciante português nos fins de semana e feriados.
Lopo Gonçalves exerceu por duas vezes a atividade política de vereador, foi provedor da Santa Casa de Misericórdia, fundador, com demais comerciantes, da Associação Comercial de Porto Alegre, e fundador e Presidente do Banco da Província. Em meados do século XX, o Solar Lopo Gonçalves passou a ser conhecido como Casa da Magnólia, devido à presença de um magnífico exemplar dessa árvore no jardim em frente ao Solar. Em 21 de dezembro de 1979, o prédio do Solar Lopo Gonçalves foi tombado no livro do Tombo Histórico Municipal de Porto Alegre. Como disse um de seus primeiros diretores: “o próprio prédio é parte do acervo do museu”."
Imagens dos recursos disponíveis para acessar a exposição: recursos de acessibilidade física (elevador), painéis com monóculos, audioguia, entre outros.
12 000, NO MUSEU DA UFRGS
Sobre a Exposição:
http://www.youtube.com/watch?v=3EQPE-o94gc
A exposição '12000 Anos de História: Arqueologia e Pré-História no Rio Grande do Sul', no Museu da UFRGS teve a curadoria da Professora Silvia Copé, doutora em Pré-história e coordenadora técnica do Núcleo de Pesquisa em Arqueologia da UFRGS. A história do nosso estado pode ser contada através das sucessivas migrações humanas para o nosso território, das relações destes migrantes com os grupos já existentes e dos novos padrões culturais adotados como respostas adaptativas aos diversos ambientes. Dentro disso, a mostra buscou inspiração no ofício do arqueólogo para apresentar a história pré-colonial do Rio Grande do Sul. Além da exposição, durante o ano foram disponibilizadas oficinas, cursos de capacitação de professores e kits arqueológicos didático/pedagógicos.